Engana-se quem pensa que os problemas de memória são restritos aos mais velhos. Apesar de a demência ser uma condição que pode surgir após os 60 anos, existem outras questões que prejudicam a capacidade de armazenamento de informações, inclusive entre a população jovem.
Isso pode ser causado por diversos fatores, como estresse, ansiedade, depressão e insuficiência de vitamina B12, por exemplo.
Por isso, neste artigo, falaremos sobre os problemas de memória e explicaremos como a psicoterapia pode ajudar a resolver essa condição.
Qual a relação entre saúde mental e problemas de memória?
Quando há uma interferência no armazenamento e na recordação de informações pelo cérebro, estamos diante de um problema de memória.
Em certa medida, quando nos referimos às pessoas idosas, o declínio da memória é uma condição considerada como normal. No entanto, há casos mais severos que precisam ser acompanhados pelo médico para descartar algumas patologias, como o Alzheimer.
Contudo, os problemas de memória também podem estar presentes em pessoas mais jovens, como adolescentes e adultos. Nesses casos, é comum que eles estejam relacionados a alguma questão de saúde mental.
Isso significa que algumas condições psicológicas podem provocar a dificuldade de lembranças no indivíduo, como:
1 – Ansiedade: Devido aos pensamentos acelerados, a pessoa ansiosa pode ter dificuldade para se concentrar em tarefas, lembrar de conversas e de eventos passados, por exemplo.
2 – Depressão: Pessoas que sofrem de depressão apresentam o declínio da memória, uma vez que perdem a capacidade de reter informações e de se concentrar.
3 – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: O TDAH tem como algumas de suas características a inquietação e a dificuldade de concentração. Isso, consequentemente, pode afetar a capacidade de memória do indivíduo.
4 – Estresse: O estresse crônico, a Síndrome de Burnout e o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) também são condições que afetam a memória de alguma forma.
5 – Transtorno de bipolaridade: Esse transtorno é caracterizado pela oscilação entre duas fases – mania e depressão. Nesta segunda, o indivíduo fica inquieto e com dificuldade para prestar atenção no que está acontecendo, o que desencadeia problemas de memória.
Outras causas dos problemas de memória
Além das questões de saúde mental apresentadas anteriormente, outros fatores podem desencadear problemas de memória, como:
1 – Aneurisma cerebral
2 – Desequilíbrio hormonal
3 – Deficiência de vitamina B12
4 – Acidente Vascular Cerebral (AVC)
5 – Lesões e/ou infecções no cérebro
6 – Privação do sono
7 – Abuso de álcool e drogas
8 – Ingestão de certos medicamentos
Diante de tantos fatores, é imprescindível buscar a ajuda de um profissional da saúde quando apresentar alguma interferência na capacidade de memória.
Como a psicoterapia pode ajudar nos problemas de memória?
Como vimos, a perda da capacidade do cérebro de reter informações pode estar relacionada com questões de saúde mental. Isso significa que, se esse for o seu caso (ou de alguém conhecido), será preciso tratar essa questão por meio da psicoterapia.
Sim, a ajuda de um psicólogo para quem tem problemas de memória relacionados a questões como ansiedade, depressão, estresse, etc., é o melhor tratamento, uma vez que esse profissional auxiliará na resolução do problema de saúde mental de origem.
Por exemplo: se uma pessoa sofre com a Síndrome de Burnout e, consequentemente, com o esquecimento, o psicólogo a ajudará a encontrar caminhos para mudar sua relação com o trabalho de forma que o estresse e a estafa sejam controlados.
Além disso, na psicoterapia, é trabalhada a autoestima, a execução de hábitos saudáveis (incluindo meditação, técnicas de respiração e hobbies) e o planejamento de vida, questões essenciais para que o paciente possa melhorar a sua saúde mental (e física). Assim, à medida que essas questões internas vão sendo tratadas, os problemas de memória se tornam menos intensos – até serem solucionados.
Como melhorar e preservar a memória?
Além da terapia, existem outras formas de melhorar – e até mesmo preservar – a memória.
Sim, mesmo quem não possui essa capacidade afetada, deve pensar em formas de trabalhá-la todos os dias para manter a saúde desta função cerebral, garantindo um envelhecimento bem mais saudável.
Sendo assim, listamos algumas ações que você pode (e deve) fazer para melhorar a sua capacidade de armazenamento de informações.
1 – Exercite a memória
Treinar a memória diariamente é uma forma de prevenir essa função do cérebro, sobretudo durante o envelhecimento. Sendo assim, existem várias formas de exercitar a sua memória e estimulá-la, como:
- Ler;
- Fazer palavras cruzadas;
- Fazer cálculos mentais;
- Tentar se lembrar dos acontecimentos do dia antes de se deitar;
- Jogar jogos de memorização.
Conforme recomendação médica, esses exercícios também podem ser feitos durante o tratamento de alguma condição de saúde mental que tenha a perda temporária de memória como um sintoma.
2 – Tenha uma boa alimentação
Manter uma alimentação equilibrada e nutritiva também é essencial para o bom funcionamento do corpo e da mente.
Para isso, é necessário consumir alimentos ricos em ômega 3 e óleos graxos – que ajudam os neurônios a cumprirem com suas funções – e reduzir o consumo de carboidratos e açúcar.
3 – Garanta a qualidade do seu sono
Uma boa noite de sono é fundamental para a preservação da memória. Por outro lado, poucas horas de sono ou uma noite de má qualidade podem prejudicar o registro de memórias de curto prazo.
Sendo assim, é imprescindível buscar fazer uma higienização do sono, que significa criar hábitos que favoreçam o sono duradouro e de qualidade. Dentre as principais ações, estão:
- Evitar consumir bebidas estimulantes no final do dia;
- Evitar o uso de telas pelo menos duas horas antes de se deitar;
- Manter o quarto escuro e com som ambiente.
4 – Mantenha o seu peso controlado
Um aspecto inimaginável para muitas pessoas, o controle adequado do peso pode prevenir o surgimento de problemas de memória. Sim, estar muito acima ou muito abaixo do peso pode trazer riscos para essa área do cérebro.
Por isso, tenha em mente que o controle do peso vai muito além de questões estéticas. Ele tem a ver com saúde física e mental também.
5. Pratique o autocuidado
Por fim, pratique o autocuidado para preservar a sua saúde mental, sua memória e ter qualidade de vida. Isso envolve, dentre outras ações:
- Tirar um tempo para praticar um hobby;
- Reservar momentos para estar com a família e amigos;
- Colocar limites para se preservar, inclusive no trabalho;
- Praticar atividade física para liberar hormônios que reduzem o estresse;
- Fazer terapia para trabalhar o autoconhecimento.
Dessa maneira, é possível ter uma vida mais saudável e com as funções cognitivas preservadas. A curto, médio e longo prazo os benefícios são incalculáveis. Portanto, cuide de si e da sua memória!








