Como em qualquer outra compulsão, a compulsão por alimentos não deixa de ser uma busca constante por recompensa, um vício causado pela necessidade de amenizar uma dor, um sofrimento, uma ausência, ou mesmo para servir como comemoração, pois houve “merecimento”. Contudo, o mecanismo de recompensa em nosso cérebro funciona do mesmo modo em todos os tipos de vícios: do álcool e drogas até compras, alimentos, remédios, exercício físico e qualquer outra atitude ou consumo que possa ser repetido diversas vezes, gerando prazer imediato e sensação de preenchimento que nos engana, pois, no momento seguinte, a falta revela-se novamente e aí está o resultado: uma ação compulsiva.
Ao permanecer certo tempo privando-se de seu vício (qualquer que seja ele) também haverá a síndrome de abstinência, que nada mais é do que o nosso organismo clamando, fortalecido por nosso sistema emocional, pelo que nos é tão necessário.
Por alguns instantes bate-se um desespero, em que o corpo e a mente, funcionando em conjunto, empurram com toda a força o indivíduo pela busca desse prazer sem tamanho, que com certeza, se for consumido, vai melhorar seu dia, seu humor, seu desempenho, suas relações e sua vida! Quando se vê, o ato já foi cometido e, em muitos casos, gera instantaneamente uma sensação de vergonha e arrependimento, pois, mais uma vez, não foi possível conter um impulso, não foi possível resistir à tentação, houve fraqueza, imaturidade, incapacidade e uma grande impotência com relação a si mesmo, causando baixa autoestima e assim, exigindo o ato compulsivo, que, como por mágica, pensava-se que resolveria todas as sensações ruins do universo sem cobrar um preço. A vergonha e todas as sensações ruins que aparecem logo em seguida, são de fato óbvias, pois nos mostram justamente o preço que estamos pagando e o que estamos perdendo com nossa compulsão, qualquer que seja o tipo.
Algumas compulsões são extremamente difíceis de se admitir, pois crê-se estar trazendo algum benefício, como por exemplo, pessoas que são viciadas em exercício físico, realizando atividades de maneira exagerada, com muita frequência e intensidade, mais prejudicando o corpo e o desgastando, do que o tonificando e tornando-o saudável. Esses vícios são grandes máscaras, que escondem medo, tristeza, baixa autoestima, entre outros diversos sentimentos destrutivos e emoções danosas à nossa saúde.
Obesidade:
A obesidade é o acúmulo de gordura no corpo causado quase sempre por um consumo excessivo de calorias na alimentação, superior ao valor usado pelo organismo para sua manutenção e realização das atividades do dia a dia. Ou seja: a obesidade acontece quando a ingestão alimentar é maior que o gasto energético correspondente.
A obesidade é determinada pelo Índice de Massa Corporal (IMC) que é calculado dividindo-se o peso (em kg) pelo quadrado da altura (em metros). O resultado revela se o peso está dentro da faixa ideal, abaixo ou acima do desejado – revelando sobrepeso ou obesidade.
Classificação do IMC:
Menor que 18,5 – Abaixo do peso
Entre 18,5 e 24,9 – Peso normal
Entre 25 e 29,9 – Sobrepeso (acima do peso desejado)
Igual ou acima de 30 – Obesidade.
Cálculo do IMC:
IMC=peso (kg) / altura (m) x altura (m)
Exemplo: João tem 83 kg e sua altura é 1,75 m
Altura x altura = 1,75 x 1,75 = 3.0625
IMC = 83 divididos por 3,0625 = 27,10
O resultado de 27,10 de IMC indica que João está acima do peso desejado (sobrepeso)
Medicamentos
A utilização de medicamentos contribui de forma modesta e temporária no caso da obesidade, e nunca devem ser usados como única forma de tratamento. Boa parte das substâncias usadas atuam no cérebro e podem provocar reações adversas graves, como: nervosismo, insônia, aumento da pressão sanguínea, batimentos cardíacos acelerados, boca seca e intestino preso. Um dos riscos mais preocupantes dos remédios para obesidade é o de se tornar dependente. Por isso, o tratamento medicamentoso da obesidade deve ser acompanhado com rigor e restrito a alguns tipos de pacientes.
Cirurgia bariátrica
Pessoas com obesidade mórbida e comorbidades, como diabetes e hipertensão, podem optar por fazer a cirurgia de redução de estômago para controlar o peso e sair da obesidade. A escolha da cirurgia dependerá do quadro do paciente, do grau de obesidade e das doenças relacionadas.
O que devemos ter em mente:
Apesar da possibilidade de utilização de medicamentos ou então da realização de uma cirurgia, a metodologia mais recomendada até hoje para vencer a obesidade e garantir mais alguns anos de vida de forma saudável, continua sendo a reeducação alimentar e os exercícios físicos regulares e adequados à condição física de cada pessoa, além de psicoterapia, para ter o suporte emocional necessário, fortalecendo a motivação, o autoconhecimento e o amor próprio que serão a base para essa grande mudança de vida.
Contudo, nenhuma jornada que inclua estes itens trará resultados milagrosos ou rápidos, como os que são prometidos em dietas e regimes malucos, desses que mais arriscam a saúde do que trazem benefícios duradouros, que é o que se busca aqui: algo melhor que possa ser praticado pelo resto da vida.
Cabe ao indivíduo compreender que ele terá o seu próprio ritmo de atingimento dessas metas e resultados, e que seu corpo tem uma história e condições diferentes de todas as demais pessoas no mundo, e isso deve ser respeitado sempre. Muitas vezes o tempo que se leva para uma melhora significativa no peso e na saúde nem sempre pode corresponder ao que ele deseja. Para isso temos a psicoterapia como grande aliada nos tratamentos de obesidade e compulsão alimentar. Tanto na modalidade individual quanto em grupo, os benefícios que podem ser conquistados são inúmeros e essa parceria de confiança com seu terapeuta farão toda a diferença na hora de entender como você funciona, porque reage de determinadas maneiras, organizando seus sentimentos e pensamentos a seu favor! O fortalecimento na autoestima e autoimagem por si só já geram excelentes resultados para o campo da saúde mental e emocional.
Portanto, não sinta medo ou receio de buscar ajuda ou de pedir aquela indicação de profissionais que possam te auxiliar, tais como: psicóloga, nutricionista, endocrinologista, psiquiatra etc. Estamos à disposição para conversar contigo caso tenha um caso como esse na família ou caso esteja precisando de ajuda para você mesmo(a). Clique em CONTATO e fale conosco.
Muito obrigada por ler esse post. Fazemos todos os conteúdos com carinho e responsabilidade, então aproveite para compartilhar o que aprendeu com seus amigos e familiares.Até sexta que vem! Abraços!
Referências:
Dados sobre Obesidade: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/obesidade
Autora: Natália Ceará – Psicóloga, Palestrante & Criadora do curso Autêntica-Mente, cujo intuito é que você performe com autenticidade na vida e na carreira. Estruturado a partir de mais de 13 anos de experiência (como profissional autônoma e celetista) e que utiliza ferramentas e técnicas de autoconhecimento e inteligência emocional para garantir resultados sólidos e mensuráveis.
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