Nesse artigo serão explicadas as finalidades, as origens e justificativas de uma Constelação Familiar. Já na Parte 2, que será publicada apenas no dia 31/05, explanaremos com maior nível de detalhes e exemplos a forma de constelar em grupo e sua aplicação passo a passo, para, finalmente na Pate 3 (último artigo), expormos a solução de um caso, a partir da 4ª etapa da Constelação feita em Grupo (somente em 30/06).
Esperamos que o presente material, acerca de um tema tão explorado na atualidade, informe nossos leitores apropriadamente. Boa leitura!
Ao vir ao mundo no seio de uma família, não herdamos somente um patrimônio genético, mas também sistemas de crença e esquemas de comportamento. Nossa família é um campo de energia no interior do qual nós evoluímos. Cada um, desde seu nascimento, ocupa um lugar único.
Nós somos mantidos em nosso campo familiar pessoal e individual num nível determinado, que entrava ou faz crescer a nossa disposição para ser feliz, escolher livremente, ter êxito naquilo que empreendemos, para fazer durar os relacionamentos agradáveis, a saúde, o bem-estar e também as doenças. Acontece que experimentamos o sentimento de termos sido mantidos nos esquemas problemáticos desde tempos imemoriais.
As constelações familiares nos dão a oportunidade de compreender os esquemas em seu nível mais profundo. Elas permitem que nos libertemos, ao mesmo tempo que encontramos a paz e a felicidade.
A natureza do nosso campo de energia familiar é determinada pela história da nossa família, principalmente sua religião e suas crenças. Nosso país de origem, a religião em meio à qual nascemos, também desempenham um papel. Essa natureza é moldada por acontecimentos marcantes, como a história dos relacionamentos dos pais e dos avós, morte de uma criança muito nova, aborto, parto prematuro, adoção, suicídio, guerra, exílio forçado, troca de religião, incesto, antepassado agressor ou vítima, traição, ou mesmo a confiança.
As ações generosas e altruístas de nossos pais e de nossos antepassados são saudáveis para nós, enquanto suas más ações modificam o campo energético familiar, obrigando as gerações posteriores a pagar o preço.
Entre as más ações estão: adquirir bens de forma duvidosa, trapacear ou roubar, pertencer a uma corporação cuja função envolve matar (como o exército, por exemplo), as diferentes formas de violência, a internação psiquiátrica ou a prisão de membros da família, os acidentes que terminam em morte, renegar sua religião ou seu país.
O comportamento dos nossos antepassados em relação às mulheres ou aos homens afeta nossa aptidão para criar bons relacionamentos. A ausência de respeito e da gratidão a que nossos antepassados têm direito também altera o campo de energia. O provérbio bíblico “até a terceira e quarta geração” confirma-se nas constelações familiares. Pode até ser que a influência decorra daí.
Imersos no campo energético familiar, ignoramos sua influência que permanece fora da nossa consciência. Estamos presos a comportamentos e atitudes que nos derrotam e incitem a cometer atos que não compreendemos e dos quais acabamos por nos arrepender.
As constelações familiares nos ensinam que a nossa família é a nossa sina. Entretanto, não estamos irremediavelmente presos a essa sina e podemos alcançar a cura. Ao compreender os mecanismos desse processo, ficamos na posse do poder de controlar o nosso comportamento a fim de evitar sofrimento para as gerações futuras.
O método de trabalho nas Constelações Familiares
Na maioria das vezes, as constelações familiares são conduzidas no seio de um grupo de trabalho, mas certos profissionais as praticam em sessões individuais, sejam elas somente de terapia ou de Coaching Estrutural Sistêmico, com o auxílio de âncoras espaciais ou bonecos. De um modo ou de outro, elas seguem um determinado número de etapas (veja no fim do artigo).
Constelações Familiares e sessões individuais
Durante as sessões individuais, o terapeuta ou coach tem a possibilidade de assumir o papel de todos os representantes ou de confiar essa tarefa ao cliente. Há também a utilização de pedaços de papel (âncoras espaciais) nos quais se escreve o nome de um membro da família, depois dobra-se uma extremidade em ponta para figurar a orientação do olhar do representante. Pede-se ao cliente que imagine que se trata de pessoas reais e não pedaços de papel. O cliente forma a constelação normalmente.
Ele permanece em seguida ao lado de cada pedaço de papel e faz somente o trabalho dos representantes. Se ele quiser compartilhar sua experiência, ele deixa o espaço da constelação e senta-se afastado dela. Ali, integra-se o que acabou de se passar. Esse método é muito eficaz.
Alguns profissionais consideram que não pode-se montar a constelação individual em todos os casos ou com qualquer pessoa. Pois quando um cliente está afastado de suas emoções, não pode-se pedir para ele ser representante em sua própria constelação, quer se trate de um trabalho individual ou de grupo.
Em 31 /05, na segunda parte desse artigo, continuaremos explorando o universo da constelação, porém, na modalidade em grupo, como ficou mais conhecida. Obrigada por sua companhia até aqui! Caso a leitura tenha sido interessante, comente, compartilhe em suas redes sociais e espalhe estas informações à mais pessoas!
Até 31/05!
Fonte: http://www.apicedesenvolve.com.br/blog/o-que-e-constelacao-familiar-e-como-ela-funciona/