Com o ano de 2020 que se encerrou, foi quase impossível não pensar: mais um ano que não consegui realizar metade das minhas metas… Não tem jeito, dia 31 acabou, finito! Tudo que tínhamos prometido fazer ano passado, teve que ficar para esse.
Tudo bem que 2020 não conta muito porque teve a pandemia…, Mas a frustração é inevitável. Esse final tão marcado traz uma dor e um luto do tempo que passou. Mas quando a gente olha para as relações em tempos de likes, muitas delas não têm um fim definido. Aí a gente vai acumulando um bando de amores de reticências, que talvez um dia, quem sabe, vão finalmente rolar. A má notícia é: muito provavelmente eles nunca vão rolar e você vai ficar entulhando seu celular e seu coração.
Aposto que no Natal, um bando desses crushes te mandaram meme ou uma mensagenzinha fofa (#listadetransmissão) e você cogitou: “quem sabe ano que vem pode ser que role?” NADA DISSO, bora sair desse autoengano que só gera indigestão afetiva.
Então, para te ajudar a fazer uma limpeza nesse seu porão sentimental, decidimos dar algumas dicas para colocar os pontos finais por conta própria e começar esse ano de uma forma mais leve.
- Desapegue do tempo investido: um dos maiores motivos que nos deixam presos nessas histórias é o tempo e a energia investidos. Não queremos “jogar todo esse esforço fora”. Pense que todos esses aprendizados que você teve com esse rolo (principalmente o que não fazer mais?) continuam dentro de você. Não existe tempo perdido, existe experiência de vida.
- Se permita lidar com o vazio: muita gente tem medo de desapegar dos crushes e ficar sem ninguém para pensar. Vamos relembrar o que vovó dizia: antes só do que mal acompanhado. É quase um rehab a gente se permitir focar a nossa energia mental em outras coisas além da vida amorosa.
- Troque o ator, mas mantenha o papel: é inevitável a gente ter expectativas em relação ao rolo. Ficamos pensando naquela viagem que ele mencionou ou em como seria legal um fim de semana na serra com o cachorro dele. Aí colocar um fim nesse rolo parece que estamos matando o tal labrador. Calma, você pode continuar com os planos, mas sem personificar. Ele não é o único que pode te levar para Cabo Frio, desista do crush mas não desista dos sonhos.
- Aceite o tamanho das coisas: aqui de novo as malditas expectativas. Foi um rolo legal que durou um mês e você queria que tivesse durado um ano? Sim. Mas o que a gente gostaria está no campo do desejo. Desse jeito todas as histórias foram ruins porque não atingiram o nosso objetivo. Quando a gente olha o copo meio cheio, o que teve de bom nesse mês, rola um sentimento positivo. Você de alguma forma foi transformado por essa pessoa. E lembrando que valorizar o lado bom não é se apegar a ele.
- Relembre das mancadas: eu não sei vocês, mas eu tenho uma memória seletiva que se apega só aos momentos bons. De fato, acho isso muito positivo, mas quando o assunto é crush, rola um perigo da gente não conseguir desapegar, por que afinal de contas “ele é tão bom!” Relembre e coloque no papel todas as mancadas, as brigas, as faltas de respeito. Você vai ver que relembrar esse outro lado faz o desapego ser mais leve.
- Não procure culpados: volta e meia a coisa desanda e a gente fica achando que fez algo de errado. Aí fica revendo as mensagens para encontrar o momento onde a coisa desandou. Você não é culpado nem o outro. São emoções e sentimentos, você não controla os seus nem o outro controla os dele. Ele pode não ter sido legal com você, mas de que te serve ficar relembrando isso? Bola para frente!
- Se jogue no faxinão: apague as fotos, as mensagens e jogue fora tudo que te deixa preso a essa pessoa. Aproveite e doe ursinhos de pelúcia, blusinhas e lembrancinhas. Inclusive vale deixar de seguir ou pelo menos silenciar o crush (e os amigos dele) nas redes sociais. O que os olhos não veem, o coração não sente.
- Faça pra você: o ponto final é interno. Não é necessário envolver o outro nesse fim. É uma decisão interna. Não precisa mandar textão pro outro, fazer barraco, pedir satisfações. Resinifique esse amor dentro de você, até porque muitas vezes, só nós vivemos essa história do jeito que imaginamos. Fica mais fácil quando a gente entende que depende só da gente.
- Ritualize, à sua maneira: é poderoso ritualizar esse final. Faça do seu jeito, mas pare um tempo para ressignificar esse rolo, amor, casinho… A vida é feita de rituais: ano novo, natal, aniversário, carnaval. Foi a maneira que encontramos de sedimentar a passagem do tempo na nossa memória. Ritualizar é uma maneira de fazer seu inconsciente entender que acabou.
- Respeite o processo: acolha a frustração e a dor de cada fim. Eu sei que hoje queremos tudo para ontem, mas o coração tem um tempo próprio. Não precisa ficar feliz 15 minutos depois de ter apagado o contato e voltar com tudo para os aplicativos. Só a gente sabe o tamanho de cada história dentro da gente. E cada uma delas tem um “mini luto” e só passando por ele você vai conseguir desapegar.
Extra: mude por fora também! A neurociência diz que mudanças externas estimulam mudanças internas. Trocar o corte de cabelo, mudar os móveis de lugar ou fazer um novo caminho para o trabalho são modos de dar uma mexida dentro também. Comece um 2021 diferente, com novas perspectivas para você e para sua vida amorosa.
FELIZ ANO NOVO! Que venha um 2021 cheio de potenciais e VACINA!
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Grande abraço e até breve!