Há certo tempo que parecemos ter sido abduzidos e quase que totalmente substituídos por nossos próprios perfis na internet, seja como profissionais no LinkedIn, seja nosso EU mais completo no facebook, ou nossas imagens (fake or not) no Instagram.
Postam-se “TBTs”, mas a realidade é outra: estamos debaixo dos lençóis ou com cara de cansados, com espinhas ou sem nada pra fazer. E isso é o que mais preocupa a nós psicólogas: quando o vício é tão grande, que o paciente passa a viver a vida virtual mais do que a vida orgânica, levanta-se apenas para ir da cama pro sofá, comer e retorna às atividades na internet.
Se você sente que está passando de ser um hobby e uma maneira de se comunicar, para uma dedicação de tempo e esforço quase que exclusivamente para a internet (seja jogando ou qualquer outra página que você acesse), e esse tempo é muito maior nesse ambiente onde tudo é possível do que na realidade orgânica, comece a se observar mais e a questionar como andam suas habilidade e relacionamentos no geral.
Isso pode parecer,mas não é brincadeira. Desde os mais jovens e adolescentes até os mais velhos, muitos têm sofrido com os efeitos do excesso de informação, com as expectativas que se colocam para fazer parte de determinados padrões e se impõe metas bizarras e sobre-humanas de quantidade de postagens ou stories para cada dia da semana.
Concordo que a tecnologia veio para agregar, facilitar encontros, reuniões, resolução de vários problemas, como arrumar um carro para ir ali, pedir comida mais rapidamente, etc etc…Sim, estamos rodeados de serviços muito bem prestados e que empregam vários. O que é excelente!
Mesmo assim, muitas de nossas habilidades intelecto-sócio-físico-relacionais estão definhando, como músculos, ou melhor, membros que não trabalham mais, atrofiam e, futuramente correm o risco de serem amputados. E isto não é um pensamento exagerado. Muitos pacientes apresentam dificuldades e transtornos sociais, como resultado dessa “vida dupla”, que, no âmbito artificial parece ser bem mais legal e fácil de lidar.
Sim, ainda temos nossos trabalhos, alguns poucos relacionamentos profundos e muitos bem artificiais e porque não dizer superficiais, rasos, apenas pelo mero acaso de estarem no mesmo cômodo que nós, alguns um pouco mais.
Pois é…Mal nos lembramos do telefone de nossa mãe, aniversários temos muletas nas redes sociais para sermos sempre lembrados e avisados. Cartões em datas especiais? Imagine…o que um meme ou um emoji/ emoticon não pode fazer por nós,não é verdade?
Sim, ainda existem os jantares, os sorrisos, os abraços, as risadas, e GRAÇAS A DEUS!…Mas por quanto tempo será? Não estou conspirando, nem achando que somos substituíveis, muito pelo contrário, quero evitar isso ao máximo, mas a Inteligência Artificial está há alguns passos de criarem robôs que tem empatia e sentem emoções…
Não quero ser pessimista, mas os filmes hollywoodianos que nos fazem pensar em futuros cercados por robôs e pessoas sendo extintas, não é mais uma realidade tãaaao distante, não parece?! Para quem já assistiu “Black Mirror” e viu episódios onde as pessoas são vigiadas e avaliadas por seu status nas redes sociais? Perdoe-me por te “despertar”, mas… Já é realidade, infelizmente! 🙁
Vamos falar a verdade: você não tem preferido muito mais ficar no Netflix, enquanto olha pro celular, do que ir naquele chá de bebê da sua amiga? Do que ir no aniversário da filha dos seus primos? Quantos eventos importantes e marcantes (para a vida das pessoas que te convidam), você está deixando de participar por um prazer instantâneo e VAZIO de significado?
Por mais que aprendamos muito com a internet, inclusive com os artigos (como este que estou postando num blog, na internet), a vida acontece mesmo lá fora. Só iremos marcar a vida das pessoas verdadeiramente se estivermos lá, COM ELAS, ou utilizando a internet para nos fazermos presentes de alguma forma, até mesmo realizando um atendimento, como eu mesma e minha sócia fazemos pela tela do computador (esse sim é um bom uso e por tempo curto da internet), mas que representa, na vida dos nossos pacientes, um momento único na semana, repleto de significado, acolhimento, suporte, insights e descobertas importantes.
Minha conclusão e resumo de tudo isso é o que provavelmente você já notou enquanto (e se leu inteiro) este artigo: USE A TECNOLOGIA SABIAMENTE, PARA ALAVANCAR COISAS IMPORTANTES NA SUA VIDA, RESULTADOS QUE NÃO VIRIAM NATURALMENTE APENAS NA VIDA ORGÂNICA. Contudo, não force a barra, não se dedique mais a essas ferramentas do que elas se dedicam à você, ou então sua vida se tornará um eterno loop de “o que está havendo agora nas redes?”, ficando-se enfurnado(a) no celular, e perdendo o olhar carinhoso de uma mãe, uma saudade fofa da sua avó, um momento entre o casal que poderia ser íntimo, mas passou, acabou perdendo o clima….aquele amigo que poderia estar tomando café contigo, mas infelizmente há anos é só um “oi” no whatsapp. Você irá realmente seguir permitindo tudo isso? A DECISÃO É SÓ SUA!
Enfim, busque sua medida de equilíbrio, um tempo saudável e, preferencialmente, minoritário de estar no meio tecnológico, aproveitando para presenciar mais tempo o milagre tão raro de cada nuance do dia, dos sorrisos das pessoas, da natureza bela ao seu redor, do aromas divinos que podemos sentir, das pessoas e animais que te rodeiam e tanto merecem seu amor e sua Presença, com “P” maiúsculo, CERTO?!
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