Procure ler este texto até o fim…Há uma mensagem muito importante ao final dele que vale para todos!
1. O que é o TDAH?
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas predominantemente genéticas, que aparece na infância e, frequentemente, acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de instabilidade de atenção, inquietude e impulsividade, questões que são facilmente notadas, contudo, que precisam de análise médica e psicológica através de exames, avaliações e testes, para comprovar se há realmente disfunção neurológica. É reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns países, como nos Estados Unidos, crianças com TDAH recebem tratamento diferenciado na escola, uma questão apoiada pela legislação do país.
2. Por que o TDAH gera tanta confusão?
Algumas pessoas afirmam que o TDAH não existe ou que é uma invenção médica ou da indústria farmacêutica, pois estes visam lucros com o seu tratamento. Também existem profissionais que nunca pesquisaram de fato algo sobre o tema mas fazem afirmações contraditórias e pessoais com relação ao transtorno, gerando dúvidas e alarmando pessoas sem necessidade. Além disso, o erro que ocorre com maior frequência, sem a menor sombra de dúvida, são os diagnósticos mal realizados, rotulando muitas pessoas (entre crianças e adolescentes) que, na verdade, podem não ter problema algum no aprendizado, sendo apenas agitadas por sua natureza e personalidade.
O importante é ressaltar que o transtorno exige um diagnóstico preciso, realizado por profissionais especializados (como neurologistas e psiquiatras).
Caso o diagnóstico seja confirmado, o tratamento deve ser iniciado combinando-se essas três frentes simultaneamente:
– Farmacológica: medicamentos adequados que serão administrados por tempo determinado, adaptando as dosagens para as necessidades de cada criança/adolescente/adulto);
– Psicopedagógica (no caso das crianças e adolescentes): atividades psicopedagógicas para desenvolver funções importantes como memória, raciocínio lógico, tomada de decisão, entre outras, aprimorando o potencial de aprendizado dessas crianças;
– Psicoterapêutica: Tanto na infância como na vida adulta a psicoterapia poderá ajudar bastante no fortalecimento da autoestima, nos relacionamentos diários, ao enfrentar problemas na escola (como o bullying por exemplo), na empresa etc, para que o indivíduo possa lidar melhor e mais facilmente com sua maneira de agir e pensar, agitação mental/física e dificuldades na concentração.
3. O TDAH é comum?
É o transtorno mais comum entre crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais de 50% dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.
4. Quais são os principais sintomas de TDAH?
Instabilidade na atenção: Dificuldade de concentrar-se ou de manter-se concentrado por certo período de tempo em uma determinada atividade/tarefa. Dispersa com muita facilidade e o grau de atenção geralmente não é o suficiente, parecendo sempre estar com outros pensamentos que competem com aquela atividade atual. Com exceção de atividades que despertam paixão e muito interesse nesses indivíduos, podendo passar muitas horas focadas numa mesma tarefa.
Hiperatividade (mental e física) e impulsividade: Os pensamentos e o raciocínio são sempre acelerados e mais rápidos do que das outras pessoas (hiperatividade mental). Em alguns casos, percebe-se também uma dificuldade em ficar parado no mesmo local, por certo tempo, fazendo uma mesma atividade ou aguardando por qualquer coisa ou pessoa (hiperatividade física), o que reflete bastante em sua comunicação e relacionamento interpessoal, pois apresenta uma euforia aumentada e descontextualizada, além de frequentemente “cortar” a fala das pessoas, não dando o espaço necessário para a correta interpretação dos fatos e falas ao seu redor.
Há também uma parcial ou total ausência de planejamento ou análise antes de falar, optar por algo ou tomar uma atitude (impulsividade). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade física e impulsividade que as meninas, contudo, todos sempre apresentarão os sinais da instabilidade da atenção e a hiperatividade mental.
Em adultos há a dificuldade de concentração ou a instabilidade da atenção, como já explicado acima, bem como alguns problemas de memória recente e no planejamento das atividades bem como na administração do tempo. São pessoas predominantemente inquietas e têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e o quanto este afeta os demais.
5. O que causa o TDAH?
Estudos científicos mostram que os indivíduos com TDAH têm alterações na região frontal do cérebro e também nas suas conexões. A região frontal do cérebro é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela regulação do nosso comportamento (isto é, controlar ou frear comportamentos), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.
A alteração que existe nesta região cerebral do indivíduo com TDAH é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores. Nesses casos há rebaixamento na produção de alguns deles, principalmente da dopamina e noradrenalina, que passam informação entre as células nervosas (neurônios), gerando nossos pensamentos, memórias e comportamentos.
Outros estudos sugerem que o fator genético (hereditariedade) pode ser uma das causas, já que a maioria dos casos estudados apresentavam histórico do transtorno em familiares.
Substâncias ingeridas na gravidez:
Tem-se observado que a nicotina e o álcool, quando ingeridos durante a gravidez, podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo-se a região frontal citada acima. Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção. É importante lembrar que muitos destes estudos somente nos mostram uma associação/relação entre estes fatores, mas não uma relação direta de causa e efeito.
Recado de suma importância:
Os indivíduos com TDAH precisam ser aceitos e muito amados, pois eles são simplesmente o fruto de um funcionamento diferente de seu cérebro (uma questão orgânica e neurológica), onde seu raciocínio e seus pensamentos não ocorrem com os mesmos filtros e na mesma velocidade que das outras pessoas, mas sim, muito mais acelerados. E eles já nascem assim, não tiveram escolha e não têm consciência de como funcionam, apenas agem e fazem as coisas, esperando a compreensão alheia, o amor e a aceitação, como qualquer outra pessoa.
“Déficit” torna-se até um termo cruel para designá-los, visto que, nos assuntos em que o TDA/TDAH domina e tem paixão, ele poderá ficar focado quase que um dia todo, realizando uma mesma tarefa (chama-se hiper-foco, veja mais no vídeo da nossa galeria, intitulado “Entrevista com a psiquiatra Ana Beatriz Silva”). Ou seja, ainda bem que somos todos bem diferentes! Uns especialistas nisso, outros naquilo, uns tem facilidade em estudar, outros em tocar guitarra, porém, todos merecemos respeito e aceitação! Afinal, juntos formamos o quebra-cabeça imenso e complexo chamado humanidade!
Espero que tenha gostado do texto e do recado que tentei repassar! Volte sempre, pois temos conteúdo novo toda sexta! Aproveite para compartilhar esse post nas suas redes sociais e com quem desejar! Muito obrigada! Abraço forte!
Dados do Transtorno: http://www.tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-o-tdah.html – Texto adaptado e resumido.
Autora: Natália Ceará – Psicóloga, Palestrante & Criadora do curso Autêntica-Mente, cujo intuito é que você performe com autenticidade na vida e na carreira. Estruturado a partir de mais de 13 anos de experiência (como profissional autônoma e celetista) e que utiliza ferramentas e técnicas de autoconhecimento e inteligência emocional para garantir resultados sólidos e mensuráveis.
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