Todos nós, com a convivência, tendemos a acumular mágoas mal resolvidas que se tornam ressentimentos e rancores extremamente desagradáveis, pesados e desnecessários à nossas vidas. Nos ressentimos com as mais diversas situações e, na maior parte das vezes, o outro lado envolvido nem mesmo entendeu ou tem ciência do que nos fez passar, pois aquela mágoa nunca é exposta.
Pois é, então como fazer para não deixar essas sensações tão prejudiciais ao nosso desenvolvimento e até mesmo à nossa saúde interferirem no nosso dia a dia e nos nossos relacionamentos?!! Aqui vão algumas dicas que poderão ajudar bastante, ou até mesmo resolver essas questões:
1- Esgote possibilidades:
Segundo Jacques Lacan, famoso estudioso da psicanálise, “você pode saber o que falou, mas nunca o que outro ouviu”, portanto, se algo “azedou” após você ter dito ou ouvido alguma coisa de alguém, procure, antes de mais nada (principalmente antes de reagir com raiva), pensar em tudo que aquilo possa querer dizer, vale até mesmo perguntar a pessoa: “Como assim?” ou ou pedi-la para repetir, pois você não entendeu o que ela quis dizer. Dessa forma a pessoa reformulará o que disse, oferecendo-lhe outra versão dos fatos, evitando o que poderia ser uma baita discussão.
2- Pratique a empatia:
Procure sempre entender e viver as situações segundo a ótica e o jeito que o outro adota, pensando em suas condições de vida, seu nível educacional, cultural, sua criação e seu modo de ver o mundo. Isso o ajudará muito a compreender se algo que disse ou ouviu, realmente é motivo para se magoar ou criar um clima desagradável. Algo que ajuda é praticar aquela velha máxima no qual todos desse mundo deveriam seguir: “Não faça aos outros o que não gostaria que fizesse com você”. E o contrário também vale, ou seja, se pensarmos como o outro, muitas vezes poderemos chegar a conclusão de que, o que ouvimos, não representa ameaça alguma (se compreendermos a concepção dele das coisas).
3- Converse mais, tire suas dúvidas:
Se as dicas anteriores não forem suficientes, sempre é possível (antes que a conversa ou o relacionamento vá por água abaixo), dialogar, buscando entender as reais intenções ou motivos que fizeram uma determinada pessoa falar ou agir gerando desconforto ou decepção. Jamais saberemos ao certo o que vai na mente e no coração das pessoas (suas reais histórias, opiniões e sentimentos), a menos que perguntemos. Se você é mais tímido e tem dificuldade de tomar iniciativa, pode chegar ao ponto devagar, sem ser tão direto. Comece conversando sobre algo mais comum e que, aos poucos, vá lhe dando certas brechas para chegar no ponto em que se quer. Não é necessário “encostar ninguém na parede”, apenas explique seu lado, como tem se sentido e pergunte se foi aquilo mesmo que a pessoa quis dizer, buscando compreensão e justiça.
4- O Perdão (interno e externo):
Se por algum motivo não for possível obter o perdão ou perdoar o outro lado “ao vivo” (perdão externo), busque pelo perdão dentro de você, tentando ao máximo compreender que você não precisa mais dessa mágoa ou ressentimento para ser quem é, para ser feliz e completo, pois o que você se tornou hoje não deixa mais espaço para esse tipo de carga, portanto, você estará se libertando e se permitindo não precisar mais dessa sensação para seguir evoluindo e crescendo. Provavelmente, na maior parte das ocasiões, o perdão terá que ser trabalhado dessa forma: internamente. E isto é o mais importante de tudo, pois não adianta nada pedir perdão ou perdoar alguém apenas “da boca para fora”.
5- Policie-se diariamente:
Procure fazer uma “varredura” diariamente no que aconteceu, lembrando-se de todas as conversas e situações no qual vivenciou, pois nem todo mundo deixa claro que se sentiu mal com suas palavras, reações ou atitudes. Se você se deparar com alguma dúvida do tipo: “será que magoei fulano(a) quando fiz/falei aquilo?!”, não pense duas vezes!!! Corra até a pessoa, mande um WhatsApp, ligue, enfim…Arrume uma maneira de voltar ao que houve e verificar se está tudo bem, você pode evitar que uma má impressão torne-se uma mágoa, um rancor e aquela pessoa se ressinta por muito tempo sobre o que aconteceu. O mesmo vale para você. Diga, sempre que possível, o quanto sente-se mal com o comportamento de quem você está se relacionando, contudo, lembre-se de se policiar antes, senão, pode ser que você apenas torne-se um “reclamão/reclamona”, sem antes se “olhar no espelho”. Fica a dica!
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Autora: Natália Ceará – Psicóloga, Palestrante & Criadora do curso Autêntica-Mente, cujo intuito é que você performe com autenticidade na vida e na carreira. Estruturado a partir de mais de 13 anos de experiência (como profissional autônoma e celetista) e que utiliza ferramentas e técnicas de autoconhecimento e inteligência emocional para garantir resultados sólidos e mensuráveis.
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